Tosse seca em cães pode ser sinal de colapso da traqueia

Se você tem um cachorrinho, é necessário ter muita atenção, pois um dos problemas que podem acometer seu animal de estimação (especialmente se ele for de porte pequeno) é o colapso da traqueia – doença muito comum nos cães de raça Shih Tzu, Lhasa Apso, Chihuahua, Maltês, Yorkshire Terrier (uma das raças que mais apresentam colapso de traqueia), Poodle e Schnauzer, sendo os dois últimos mais propensos a apresentarem a condição se forem miniaturas. De origem hereditária, essa doença causa deformações na traqueia do animal, gerando complicações sérias, uma vez que se trata de um órgão essencial para o sistema respiratório.

O que acontece

É pela traqueia que ocorre o transporte de ar do nariz até os brônquios e, em seguida, os pulmões. Possui diversos anéis cartilaginosos responsáveis por manter o lúmen aberto, possibilitando a passagem de ar. O colapso faz com que o diâmetro do lúmen fique menor durante a respiração, estreitando assim a passagem de ar.

As causas do aparecimento dessa doença são, geralmente, genéticas. Os genes são herdados dos pais, que podem apresentar o colapso sem que seus donos percebam, uma vez que pode ser tanto sintomático quanto assintomático, não apresentando nenhum sintoma durante a vida do pet. Além disso, há algumas outras causas que podem estar associadas ao aparecimento do colapso da traqueia, sendo elas: problemas nutricionais, obesidade, intubações em cirurgias, degeneração da cartilagem, entre outras causas. Há hipóteses que sugerem que deficiências na cartilagem, lesões prévias na traqueia, expansão da membrana dorsal ou amolecimento dos anéis podem ser os desencadeadores da doença.

Quadro evolutivo

Quando se apresenta sintomaticamente, um dos sintomas mais evidentes a se prestar atenção é uma tosse seca e forte. O colapso da traqueia é uma condição degenerativa e progressiva, portanto essa tosse poderá ocorrer em momentos iniciais apenas em situações de estresse. Com o passar do tempo, pode ficar mais evidente após o animal se exercitar de alguma forma, brincar ou correr e pode vir associada a uma dificuldade para respirar.

Dependendo do estágio da doença ou da anatomia do animal, a falta de ar pode evoluir de forma drástica, causando a cianose (mucosas azuladas) e, se continuar por algum tempo, pode causar o desmaio do cão. Após meses, ou até mesmo anos sem poder respirar adequadamente, o pet pode acabar desenvolvendo outras complicações respiratórias, como bronquite, hipertensão pulmonar que pode desencadear uma insuficiência cardíaca ou traqueíte.

Os sintomas se assemelham a algumas outras complicações, tal como a traqueobronquite infecciosa canina, mais conhecida como tosse dos canis e, por esse motivo, é importante que o diagnóstico seja realizado por um médico veterinário a fim de indicar como proceder e qual o caso específico de seu cão.